Estruturas das Areas Urbanas

ESTRUTURA DAS ÁREAS URBANAS O estudo das áreas urbanas deve, entre outros aspectos, envolver uma análise morfológica, relativa às características das plantas e dos edifícios, e uma análise funcional, que tem a ver com o uso e a ocupação de solos e os tipos de atividade que nele se desenvolvem.
Morfologia urbana
O tipo de planta urbana reflete os valores da sociedade em cada época e está relacionado com o sítio do aglomerado.
Existem fundamentalmente três tipos de plantas ou malhas urbanas: a irregular, a radio concêntrica e a ortogonal.
Planta irregular: este tipo de planta resulta de um crescimento espontâneo da área urbana, não obedecendo, por isso, a um traçado previamente definido. As ruas são estreitas e apresentam um traçado sinuoso e desordenado, correspondendo a um verdadeiro labirinto.
Planta radioconcêntrica: essa forma é característica das cidades que, por motivos defensivos, se encontravam com muralhas. Caracteriza-se pela existência de um núcleo central em torno do qual se dispõem artérias concêntricas intersectadas por outras de forma radial.
Planta ortogonal: este tipo de planta apresenta um traçado simples, retilíneo e geométrico, com ruas direitas e perpendiculares umas às outras.
Diferenciação funcional nas áreas urbanas
Desde o centro, denso e compacto, passando pelos bairros residenciais até às zonas industriais da periferia, é possível observar nas cidades paisagens bastante variadas e contrastantes. Diferentes são também as funções predominantes que em cada uma delas podemos encontrar: terciária, residencial e industrial. Estes espaços, com características mais ou menos semelhantes e distintas em relação aos restantes, correspondem às chamadas áreas funcionais: o CBD ou Baixa, as áreas residenciais e as áreas industriais.
A organização interna das cidades em áreas funcionais resulta de vários fatores, de entre os quais se salienta o custo do solo, que, por sua vez, é influenciado pela distância ao centro e pela acessibilidade.