estrutura edinamica do sistema colonial

8534 palavras 35 páginas
Nova Biblioteca Por MARIO MAESTRI**

Programa de Pós-Graduação em História. Universidade de Passo Fundo.

O Escravismo Colonial:

A revolução Copernicana de Jacob Gorender*

[Parte final]

[ primeira parte: http://www.espacoacademico.com.br/035/35maestri.htm ]

Em memória de Clóvis Moura.

IV. O escravismo colonial – apogeu e crise
Os importantes sucessos sociais, políticos, culturais e ideológicas gerais ocorridos no Brasil e no mundo em fins da década de 1970 permitem compreensão mais precisa do sucesso científico e acadêmico de O escravismo colonial, no momento de seu lançamento, e durante o decênio seguinte, e a radical reversão de sua receptividade acadêmica, nos anos 1990.

Em 1977-8, o Milagre Brasileiro pertencia ao passado e a sociedade nacional ingressava na depressão econômica tendencial na qual ainda se mantém. A violenta decadência das condições da vida da população, devido à expropriação salarial – inflação e arrocho –, determinada pelo pagamento incondicional da dívida financeira, ensejava o renascimento do ativismo sindical, pondo fim ao longo período depressivo que o movimento social ingressara em 1969.

Em 1979, duras mobilizações populares na cidade e no campo agitaram o Brasil, assinalando objetivamente o caráter social e político protagonista dos trabalhadores, negado pelo nacional-desenvolvimentismo burguês do PCB, antes de 1964, e pelo militarismo pequeno-burguês, nascido sobretudo nas filas comunistas e entre os segmentos de classe média radicalizados, após 1967.

No mundo das representações, O escravismo colonial materializava as necessidades das mobilizações classistas dos trabalhadores de interpretação radical da formação social brasileira, a partir da ótica do mundo do trabalho, que superasse as falsas visões do passado, nas quais se haviam apoiado as estratégias populistas, direitistas e esquerdistas, derrotadas em meados dos anos 1960 e no inícios de 1970.

O forte

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