Estrutura das palavras
FCC – ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO – NÍVEL MÉDIO
Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
A vida sedentária, as dietas gordurosas e a obesidade estão fazendo que doenças típicas de adultos comecem a manifestar- se em crianças e adolescentes. Entre elas está o colesterol alto, uma ameaça à saúde do coração. Como o seu surgimento precoce é um fenômeno verificado nos últimos anos, faltam estudos epidemiológicos mais amplos. Os especialistas tampouco estabeleceram os níveis aceitáveis em meninos e meninas – os parâmetros utilizados são os mesmos aplicados aos adultos. Uma das primeiras pesquisas revelou que 25% da população infantil brasileira apresentavam níveis elevados de colesterol. O dado preocupa, mas deve ser lido com cautela, já que os pesquisadores não analisaram a condição clínica dos participantes – um aspecto essencial em se tratando de crianças atendidas num laboratório de análises, e não escolhidas aleatoriamente. O mérito do trabalho está mais em chamar a atenção para o problema. O acúmulo de gordura no sangue é consequência direta da enorme mudança de hábitos ocorrida em todos os níveis sociais. Uma das mais drásticas aconteceu na dieta. Em dez anos, o arroz, o feijão e a salada praticamente desapareceram do prato das crianças brasileiras. Foram substituídos pelos hambúrgueres e batata frita. Assim, a alimentação ganhou excesso de gorduras saturadas e de proteínas, o que eleva as taxas de colesterol. Além disso, em decorrência do corre-corre quotidiano, fazer uma refeição deixou de ser um hábito controlado pelos pais para transformar-se, na maioria das vezes, numa atividade solitária diante da televisão ou da tela de um computador. Contribui ainda para o aumento do colesterol em crianças o sedentarismo. Estima-se que apenas um terço delas pratique mais de meia hora diária de atividades físicas moderadas. Elas deixaram de brincar