Estresse E S Ndrome De Burnout Na Enfermagem

Estresse e Síndrome de Burnout: dos sintomas ao diagnóstico

A equipe de enfermagem, por características do seu trabalho, revela-se suscetível ao fenômeno do estresse ocupacional devido à responsabilidade pela vida e proximidade com os pacientes. Exige-se desses profissionais a dedicação no desempenho de suas funções, o que aumenta a possibilidade de ocorrências de desgastes emocionais em altos níveis, tornando-os vulneráveis à cronificação do estresse ocupacional, ou seja, a Síndrome de Burnout (SB) (MENEGHINI; FERNANDA; PAZ, et. al., 2011).
Contudo, o desencadeamento da SD pode ser resultante do estresse prolongado, e é de difícil identificação nos primeiros estágios, pode ser descrita como um estado que intermedia a saúde e a doença e como uma reação do próprio corpo quando há confronto com o agente estressor. O organismo conhece três fases ao deparar-se com um estressor. A primeira é a fase de alarme ou alerta, na qual o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino. A segunda, fase de adaptação ou resistência, é o momento em que o organismo repara os danos causados pela reação de alarme reduzindo assim os níveis hormonais. A terceira fase ocorre quando o estressor permanece presente, é a chamada fase de exaustão, que compreende o desenvolvimento de uma doença associada ao estresse (DUARTE; PAULO; NUNES, et. al., 2013).
Podemos destacar alguns sintomas da SB, que podem ser físicos, psíquicos e comportamentais. Físicos: fadiga progressiva, mialgias, distúrbios do sono, cefaleia, enxaqueca, perturbações gastrointestinais, imunodeficiência, transtornos cardiovasculares, distúrbios respiratórios, disfunções sexuais e alterações menstruais nas mulheres. Psíquicos: falta de atenção, alterações na memória, pensamentos lentos, sentimentos de alienação, sentimentos de solidão, impaciência, dificuldade de auto aceitação, baixa autoestima, desanimo, desconfiança e paranoia. Comportamentais: negligência ou escrúpulo excessivo, condutas aditivas,