Estresse Ocupacional
Maristela C Sousa
Médica Psiquiatra – CRM 16822
RHSO –PMC
INTRODUÇÃO
Nem todas as exigências de trabalho são indesejáveis. Se fossem, o estado preferido do indivíduo seria a inatividade, o que sabemos ser falso.
As pessoas buscam movimento, principalmente as atividades que exigem habilidades que elas valorizam. No entanto, algumas atividades ou situações produzem efeitos indesejados, tais como:
tensões emocionais
sintomas físicos
diminuição do desempenho no trabalho.
DEFINIÇÃO DE ESTRESSE
Esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações consideradas ameaçadoras à vida e a seu equilíbrio interno (Hans Selye- “stress” medicina e biologia-1936) AS FASES DO ESTRESSE
1ª - Reação de Alarme
2ª - Resistência
3ª – Exaustão
1ª - REAÇÃO DE ALARME
Brevemente, a resposta imediata do corpo ao estresse se caracteriza do ponto de vista fisiológico pela ativação do hipotálamo com conseqüente efeito sobre o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)(principal regulador da produção e secreção de cortisol). O ACTH é secretado pela hipófise anterior em resposta à liberação, pelo hipotálamo, do hormônio liberador de corticotrofina (CRH). A medula supra-renal responde aumentando a secreção de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que determinam o aumento na freqüência respiratória, batimentos cardíacos e da pressão arterial além de elevação do fluxo de sangue para os músculos, inibição da digestão e dilatação pupilar. O córtex supra-renal por sua vez promove aumento na secreção de corticosteróides com conseqüente liberação de energia armazenada, redução da inflamação e diminuição da resposta do sistema imunológico, sendo estes efeitos observados nos casos em que a situação de sobrecarga se mantém por um tempo prolongado.
ALTERAÇÕES NO ORGANISMO
Aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial
contração do baço
liberação de glicose pelo fígado
redistribuição sangüínea
aumento da freqüência