Estratégia e sua gestão - drogaria araujo

A ESTRATÉGIA E SUA GESTÃO: O CASO DA DROGARIA ARAUJO
As estratégias empresariais não devem ser confundidas nem com planejamento anual e nem com mudanças radicais todo ano. Raramente uma empresa modifica significativamente a sua estratégia. Mas a estratégia de uma empresa não deve ficar estática neste ínterim. A construção de uma estratégia é um processo contínuo. Uma vez estabelecida uma estratégia dominante, o trabalho é aprimorá-la até o máximo de seu potencial. Esta pode ser a ponte para a emergência de uma nova estratégia dominante, que sustente mais um ciclo de crescimento.
O caso da Drogaria Araujo é ilustrativo. A empresa foi fundada em 1906 por Abelardo Alvim, com o nome de Pharmacia Mineira. Em setembro daquele ano, um anúncio de jornal mostrava a competência essencial que iria nortear o desenvolvimento da empresa: "Aviam-se receitas a qualquer hora, com promptidão, exactidão e modicidade". Três anos mais tarde Modesto Araújo começa a trabalhar na farmácia e em 1913, com a mudança de Alvim para o Rio de Janeiro, ele se tornou o proprietário da empresa. Modesto manteve os três princípios anunciados na fundação da farmácia e foi aperfeiçoando-os ao longo do tempo. Ou seja, a empresa cresceu oferecendo “"Aviamos" receitas a qualquer hora, com promptidão, exatidão e modicidade”. Podemos traduzir para os dias de hoje como conveniência. Foi esta competência que intuiu a estratégia da empresa desde início e que orientou o seu espantoso crescimento, tanto em número de lojas quanto na variedade do mix de produtos.
Desde o início a farmácia atendia a qualquer hora do dia ou da noite. Depois veio o plantão noturno. A Loja Matriz, no centro de Belo Horizonte, não fecha suas portas há mais de 70 anos! A entrega em domicílio também já funcionava desde os primeiros tempos. Na década de 1960, o serviço de entrega domiciliar foi reestruturado, com a criação do Drogatel Araujo. Em 1919, a empresa iniciava a diversificação do seu estoque e dos seus serviços, ao mesmo tempo