Estratos das idéias de hans kelsen sobre ciência e política, e ciências normativas.

2430 palavras 10 páginas
Estratos das idéias de HANS KELSEN sobre Ciência e Política, e Ciências Normativas.

Introdução
O trabalho a seguir, foi elaborado baseado na obra de Hans Kelsen, O que é Justiça? E tem como objetivo principal, a compreensão dos postulados sobre ciências políticas e a ciências normativas, conhecendo assim na visão do autor, a força de atuação desses enunciados que constituem por sua vez, os fatores do Direito para a aplicação da Justiça regrando e promovendo a sociabilidade humana. O mesmo foi elaborado, resumindo-se primeiramente as ideias e enunciados de Kelsen, e construindo posteriormente, um comentário sobre a compreensão das mesmas, objetivando assim, a simplificação destas para compreender de forma clara e profunda os temas abordados no texto.
Realidade e Valor
“A ciência deve ser independente da política. Quer se dizer que a busca da verdade, que é função essencial da ciência, não deve ser influenciada por interesses políticos. Política como arte de governar é uma função da vontade, atividade que pressupõe a assunção de valores, cuja realidade é o propósito dessa atividade (...). Já a ciência, é uma função de cognição; seu objetivo não é governar mas explicar; o cientista não deve pressupor nenhum valor, restringindo-se a uma explicação e descrição de seu objeto sem julgar se está em conformidade ou em contradição com um valor pressuposto. Os enunciados que ele descobre e explica o objeto de sua investigação não devem ser influenciados por valores que ele próprio acredita, pois são juízos sobre a realidade; são objetivos e independentes de desejos e temores de quem o julga, porque são verificáveis por meio da experiência (KELSEN, 2001, p.349).
Juízos de valor têm caráter subjetivo porque são baseados na personalidade do sujeito que julga e no elemento de sua experiência em particular (KELSEN, 2001, p.350).
A exclusão dos juízos de valor do campo da ciência parece ter uma exceção; que existe um valor que a ciência deve pressupor – a verdade, ou

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