Estimulação precoce na educação infantil pública
Mara
1. INTRODUÇÃO
Ao longo de 26 anos de trabalho na Secretaria Municipal de Educação de Araçatuba ora no cargo de Terapeuta Ocupacional, ora em função de Coordenação ou Chefia de Serviço de Educação Especial, a pesquisadora participou em diversos eventos e atividades, o que oportunizou o conhecimento e posterior engajamento a novos aportes filosóficos, educacionais, culturais e sócio-políticos. Em 1986, ao iniciar o trabalho naquela secretaria, implantou-se o Programa de Estimulação Precoce para bebês e crianças de berçário, que apresentavam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Com a municipalização do ensino fundamental por aquele sistema público municipal em 1999, a pesquisadora deixou de atender naquele Programa, ao ser designada para atuar nas questões organizacionais, administrativas e educacionais da educação especial. Sentindo que para atuar com pessoas com deficiência, no aspecto educacional, precisava participar de cursos e conhecer outros aportes que dessem respostas a seus questionamentos: que dificuldades ou “ensinagens” são essas que fazem os alunos ficarem na mesma classe, aprendendo os mesmos conteúdos por 2, 3, 4, 5 anos? Há critérios para montagem/abertura das classes especiais? Quais? O município é obrigado a segui-los? Este tipo de divisão (classes comuns e classes especiais) tem dado bons resultados? Existe uma forma diferente de se pensar esse agrupamento? Onde? Como? Onde procurar ajuda? Na Delegacia de Ensino Estadual? Ministério da Educação – Educação Especial? Nestas procuras buscando respostas àqueles questionamentos, iniciou pesquisas e leituras e estabeleceu o “primeiro contato com a inclusão” apresentada por alguns estudiosos do tema como Mantoan, Omote, Stainback,