Estigma

Estigma e Identidade Social

Estigma é um termo de origem grega que significa uma marca, um sinal que revela um “defeito” de seu portador. As pessoas estigmatizadas na Grécia Antiga, tais como escravos, traidores, pessoas com deficiência e presos de guerra eram mal vistos na sociedade e proibidos de frequentar lugares públicos.
Trazendo para os dias de hoje, estigma é tudo aquilo que me deprecia, que me coloca em evidência negativa diante da sociedade. Que me coloca numa situação de impureza, incapacidade, inferioridade, defeituosa, indigna, diminuída diante da perspectiva moral da sociedade, ou seja, o estigma não depende apenas da resposta de uma só pessoa, ele surge quando se burla os agentes morais: a tradição da sociedade e a opinião da maioria. Goffman usa a metáfora do teatro para explicar o que é estigma. Para ele, os estigmas aparecem quando uma informação passa dos bastidores para o palco.
Existem três tipos de estigma que podem caracterizar o indivíduo são eles: (i) abominações do corpo – que são as deficiências físicas (genéticas ou adquiridas); (ii) culpas de caráter individual (desviantes) – é quando o sujeito individualmente transgride alguma norma, são estes os alcóolatras, pacientes psiquiátricos; (iii) coletivos e tribais – são os estigmas devido a região, raça, nacionalidade etc.
Para Goffman, no processo de estigmatização o sujeito é reduzido ao estigma. Ou seja, o sujeito não é visto apenas com um ponto a ser renegado, rejeitado, não, ele se torna o próprio estigma, não é ressaltado na além do seu “defeito”.
O estigma está relacionado com as informações que circulam entre os bastidores e o palco. O processo de estigmatização vai depender da visibilidade e/ou conhecimento das diferenças. Tornar público uma suspeita ou uma transgressão moral já é o suficiente para o surgimento do estigma. Esse processo ocorre nas interações mistas: pessoas sem estigmas x pessoas com estigmas.
As interações mistas são fundamentais, no entanto, ocorrem