estenose pilorica

A estenose pilórica ocorre por falha na passagem de ingesta no piloro, ou seja, pela inabilidade do esfíncter pilórico de funcionar corretamente. Podendo ser uma característica decorrente da indigestão vagal, que é ocasionada pelo comprometimento total ou parcial do nervo vago, que é responsável pela transmissão de impulsos que geram a motilidade dos pré-estômago e/ou abomaso de ruminantes. Como o nervo vago penetra na cavidade abdominal, ele fica mais vulnerável aos processos inflamatórios ou traumáticos que podem ocorrer na região ventral, podendo ser esta uma lesão direta ou por aderência.
Em alguns casos, o quadro pode ocorrer devido a perfuração do retículo pela ingestão acidental de materiais estranhos, objetos metálicos, como pregos e arames, o que resulta na contaminação das cavidades e órgãos do sistema, gerando uma inflamação no local.
Os animais podem ingerir estes objetos nos alimentos manipulados mecanicamente ou quando pastam em locais próximos a construções, após a ingestão do objeto o rúmen contrai e estes ficam alojados no retículo, quando ocorre a contração do retículo pode ocorrer a penetração na parede do pré-estômago, se houver a perfuração da serosa, o quadro pode progredir para uma peritonite local, inflamação do peritônio, e conduzir posteriormente à uma difusão desta inflamação, podendo assim atingir e comprometer o nervo vago, ocasionando então a indigestão vagal.
A privação da função do nervo acarreta na paralisia e relaxamento do piloro, resultando no acúmulo de grandes partículas no abomaso, e não movimentação do líquido abomasal, o que acarreta em refluxo deste conteúdo liquefeito para o rúmen e assim deslocamento de íons de cloro, causando a alcalose metabólica (aumento dos íons de hidrogênio e cloro no interior do lúmen) diminuindo o pH ruminal; e ainda há hipocloremia, pois não ocorre absorção normal no intestino delgado, e hipocalemia sistêmica, pela diminuição da alimentação e também pela eliminação de potássio pelo rim para