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ESTEREÓTIPOS E COGNIÇÃO SOCIAL

A investigação aqui relatada inscreve-se teoricamente no âmbito da cognição social ao caracterizar, definir e pesquisar os estereótipos sociais e as conseqüências de sua aplicação e mediação no processamento de informações (Schneider, 1996; Bodenhausen & Macrae,
1998; Pereira, 2002). O objetivo das abordagens cognitivistas é, em geral, estudar e estabelecer as regras da transformação da informação e de como essa informação é expressa no comportamento do sujeito (Castañon, 2006).
Ao considerar o estereótipo como variável interveniente interposta no caminho da informação relevante a respeito do entorno social (Krüger, 2004), o que se procura verificar é o impacto desta interposição na codificação e interpretação das informações sociais.
No âmbito geral da cognição social, procura-se uma abordagem bottom-up, desse modo, identificando os objetos sociais através de sua unidade de análise mais fundamental e atômica: o agente social individual. Assim, é uma perspectiva individualista (Stangor &
Shaller, 1996), uma vez que aborda elementos da vivência interpessoal e intergrupal, tendo como foco o que ocorre com o indivíduo humano e em como este, no seu sistema cognitivo, lida com as diversas demandas sociais. O interesse está, geralmente, em determinar os mecanismos pelos quais cada pessoa lida com os estímulos, experiências e informações relativos ao universo das relações humanas e que efeitos ou conseqüências podem ser percebidos dessa forma de se processar o entorno social. O comportamento social do indivíduo, neste caso, sofre influência das representações mentais possuídas a respeito de pessoas e grupos com os quais ele mantenha ou venha a manter contatos sociais.
Em se tratando da percepção individual, uma das formas mais relevantes de qualificação social baseada em conhecimento anterior é o estereótipo, uma vez que o mesmo se situa entre o estímulo social imediato e a reação do

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