Estagiária
INTRODUÇÃO
Há muito se tem estudado a questão da habitação de interesse social no Brasil, desde suas origens, formação, projeto e pósocupação. Paralelamente a esse fenômeno não faltam pesquisas que se debrucem sobre o tema do mobiliário na casa popular e sua influência no que tange à boa habitabilidade do espaço.
Percebido como elemento fundamental do cotidiano de qualquer família, o móvel tornou-se ferramenta indispensável no estudo da espacialidade e dimensionamento dos projetos para classe de baixa renda, isto porque as habitações para essa parcela da população possuem, historicamente, metragem quadrada extremamente reduzida, levando arquitetos e profissionais da área a espremerem muitas vezes o programa de necessidades da casa ou, por vezes,
“encolher” o mobiliário de forma a obter um espaço que comporte o mínimo para a boa vivência da família.
O objetivo do estudo é avaliar a unidade internamente e o mobiliário que a compõe, sendo esta análise feita a partir dos conceitos populacional. O item “mobiliário” tem o objetivo de analisar sua relação com o ambiente e o espaço do entorno que lhe foi destinado.Esta pesquisa partiu da hipótese de que as unidades habitacionais avaliadas e seus correspondentes mobiliários não dão condições satisfatórias de uso para seus moradores no que diz respeito à espaço fisico, ou seja, não atendem às necessidades de espacialidade, habitabilidade e organização de seus moradores. Outra observação é que o mobiliário usado como padrão para o estudo do layout das casas populares ainda em fase de projeto não corresponde aos móveis vendidos atualmente para a classe “D” (faixa da população que recebe de 1 a 3 salários mínimos), já que estes têm se apresentado cada vez maiores e mais sofisticados. Desse modo, a pós-ocupação se torna cada vez mais distante do previsto em
projeto, pois o usuário da habitação social tem hoje condições de investir em móveis e eletrodomésticos que atendem