estagio

Fêmea inebriante ou velha decrépita, a figura da bruxa trata-se de uma imagem construídas por diferentes discursos, um romântico, propagado ao longo do século XlX, e outro eclesiástico, Enquanto o Malleus Maleficarum descreve abruxa coadunanda com o mal (colocando na figura do demônio) e a execra, romantismo de Michelet a transforma em mártir, enaltecendo suas qualidades silvestre e sua ligação com o gênio da natureza. A bruxa pode ser tanto a bela Jovem sedutora (ainda sem marido e cheia de pretendentes) como a horrenda anciã (viúva solitária), aparentada com a morte.
Cunhada dentro do cristianismo, afigura das bruxas traduzia-se em mulheres devoradoras e perversas matavam recém-nacidos, comiam carne humana, participavam de urgias, transformavam- se animais tinham relações íntimais com demônios e entregavam sua alma para o diabo. Analisse literário mostra que a caracterização da bruxa que vigorou durante a inquisição, até os dias de hoje constitui-se como um dos elementos mais perversos produzidos na sociedade patriarcal do ocidente. Atribuim tantos coisas ruins que o Malleus Maleficarum afima que “seus atos são mais malignos que os de quaisquer outros malfeitores” Rompendo leis que certamente ignoravam, as bruxas encarnam tudo que é rebelde, indomável e instintivo nas mulheres. Como personagem de imaginários atípica malvada dos contos de fadas e de várias histórias infantis traz muitos elementos da figura da bruxa descrita pela inquisição. A bruxa modifica-se dentro das eras, ficando em sua imagem as marcas que a sociedade lhe impôs. Marcas expostas em praças públicas através do espetáculo de seus suplícios e da execução das sentenças mortais que eram imputadas. A bruxa é marcada pelo despudor e pela degeneração do corpo.
Sedenta por poder, a bruxa é maléfica e corruptora, de modo que , tanto na realidade como na