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A panificação é uma das artes culinárias mais antigas e sua história mescla com a da humanidade. Acredita-se que o primeiro pão foi feito no período da pré-história, no neolítico. Arqueólogos encontraram vestígios de que a primeira padaria do mundo, teria sido na cidade Gizeh, no Egito.
O pão foi levado para a Europa pelos soldados romanos na Idade Média, sendo melhor difundido no período feudal. Neste período, houve um aprimoramento na técnica da panificação, pois os pães passaram a ser pesados e sua fabricação ficou melhor elaborada, com o tempo certo de espera para a fermentação e a fundação de várias padarias.
Com relação à panificação no Brasil, segundo Gilberto Freyre, o pão feito com trigo, veio ao nosso país juntamente com os colonizadores portugueses, no século XIX. Destaque-se que antes de a farinha de trigo chegar ao Brasil, o que predominava era a farinha de mandioca, sendo esta última mais aceita pelos colonos por um bom tempo, segundo relato do autor:
“A farinha de mandioca adotaram-na os colonos em lugar do pão de trigo, preferindo a princípio os proprietários rurais a fresca, feita todos os dias (…). Foi completa a vitória do complexo indígena da mandioca sobre o trigo: tornou-se a base do regime alimentar do colonizado”.
Tollenare, ao viajar pelo interior de Pernambuco, em 1816, percebeu que o uso do pão de trigo não era comum entre os brasileiros, mas registrou uma aceitação e uma cultura do trigo em Campina Grande, Paraíba.
Destaque-se ainda que a fabricação de pão, principalmente a caseira, seguia todo um ritual como canto de salmos para a massa crescer, desenhos de cruzes nas massas e até cerimônias antes e durante a preparação. À medida que a fabricação do pão passou a ser mais profissional, essas crendices foram também ficando para trás.
Apesar de ter sido os portugueses que trouxeram o pão para o Brasil, os responsáveis pela expansão dos mesmos foram os italianos. Há relatos de que as primeiras padarias foram erguidas em Minas Gerais e,