estagi educação infantil
As sequências didáticas na Educação Infantil possibilitam um trabalho organizado paulatinamente, possibilitam o crescimento e o aprofundamento em conceitos e em saberes, pouco a pouco, de acordo com a curiosidade e estimulação presentes nestas salas de aula. É a sequência didática também que garante que o professor não vai privilegiar um conhecimento em detrimento do outro pois se não houve um planejamento criterioso de uma sequência, acaba-se por optar e desenvolver muitas ações de um campo do conhecimento, como de língua ou de matemática, por exemplo, e nos esquecemos de artes visuais, movimento, dentre outros saberes imprescindíveis para o desenvolvimento da Educação Infantil.
O cérebro infantil, ainda segundo Marta Pinheiro, tem uma quantidade excessiva de sinapses; esta exuberância sináptica continua até o início da adolescência, quando então começa a ser reduzida por eventos regressivos. A sinapse é um mecanismo extremamente fino. Del Nero (1997, p.53-55) destaca que qualquer desarranjo na quantidade de neurotransmissores, e na forma e quantidade de receptores, pode levar a quadros cerebrais e mentais. A expressão a aprendizagem depende de sinapses (ROSE, 1984, p.87) é muito significativa para os educadores - ela busca destacar o fato de que não basta ter neurônios; por mais especializado que o neurônio seja enquanto célula (e ele é, de longe, a célula com maior especialização funcional do organismo), isoladamente ele não é nada. É fundamental que os neurônios estabeleçam conexões entre si, pois somente a partir da formação das redes neurais torna-se possível o aprendizado (em qualquer nível, desde o que resulta de comportamentos inatos, como sugar, chorar, bocejar, até os denominados processos mentais superiores, como o raciocínio lógico, a abstração, o planejamento).
Ou seja, se as sinapses são mais frequentes e ricas no período da infância, a multiplicidade de linguagens e a riqueza destas ações pode perfeitamente