Estado e a revolução
Estado e a Revolução –
Tomada do Proletário Do Poder Estatal e o Definhamento Estatal
O Estado e a Revolução é um livro escrito por Lenin no contexto da Revolução Russa. Nessa obra, Lenin, não se prende unicamente a descrever o que é o Estado burguês, mas também como os oportunistas pequeno-burgueses, reformistas e anarquistas concebem o Estado. Assim como, entra em uma polêmica com os anarquistas em relação à superação do Estado. E por fim, com base na experiência descrita por Marx sobre a Comuna de Paris, ele põe de forma mais clara como seria a tomada do poder pelo proletariado juntamente com os camponeses organizados.
Primeiramente, Lenin começa o livro nos alertando sobre os falsos marxistas ou oportunistas que tentam, sempre que podem distorcer os conteúdos revolucionários de Marx. “Esquece-se, esbate-se, desvirtua-se o lado revolucionário, a essência revolucionária da doutrina, a sua alma revolucionária. Exalta-se e coloca-se em primeiro plano o que é ou parece aceitável para a burguesia.” (LENIN, 2007: 24).
Para a pequena-burguesia o Estado seria apenas uma forma de mediação entre as classes, mas Lenin rebate isso dizendo que o Estado só existe como tal, porque ele nasce de uma necessidade de uma classe, ou melhor, nasce do antagonismo de classe. O Estado é um aparato da classe dominante para defender seus próprios interesses. Em todas a sociedades divididas em classe, houve a necessidade de um Estado. Lenin argumenta, baseando-se em Marx:
Para Marx, o Estado é um órgão de dominação de classe, um órgão de submissão de uma classe por outra; é a criação de uma “ordem” que legalize e consolide essa submissão, amortecendo a colisão de classes. (LENIN, 2007: 25).
Não há conciliação possível na luta de classes, nunca houve, e o “amortecimento” desse antagonismo que Lenin expõe nessa última citação se traduz nas formas ideológicas que o Estado tem de esconder a própria luta de classes e não de concilia-las. O Estado usa de repressão e da força