estado judeu
JAIME SPITZCOVSKY enviado especial ao Oriente Médio
Há 50 anos, o líder do movimento sionista, David Ben Gurion, proclamava a independência de Israel. A fundação do país encerrava uma ambição cultivada havia séculos pelos judeus na Diáspora e iniciava uma nova fase de guerras no Oriente Médio.
Para os palestinos, o surgimento do novo Estado significava a ponta-de-lança de uma invasão estrangeira.
O ataque árabe e ações de forças judaicas mergulharam a região numa espiral de violência que sobrevive até hoje. O processo de paz iniciado em 93 enfrenta os percalços de um conflito alicerçado em tempos bíblicos.
Israel construiu uma economia moderna e uma sociedade democrática, manchada pelos problemas enfrentados por seus cidadãos árabes. O país também carrega o peso de tensões provocadas por diferenças entre religiosos e seculares, entre judeus de diferentes origens.
Os palestinos caminham rumo a seu Estado. Os países árabes da vizinhança gradualmente aceitam a existência do Estado judeu. Mas, assim como Israel, enfrentam o crescente desafio do extremistas religiosos.
Segundo o calendário lunar judaico, o aniversário da independência cai, em 1998, no dia 30 de abril. Ao completar 50 anos, Israel crava mais uma marca na turbulenta história do Oriente Médio.
O jornalista Jaime Spitzcovsky e o fotógrafo Niels Andreas viajaram durante 16 dias por Israel, territórios palestinos, Líbano, Egito e Jordânia
Da busca da terra prometida até a... dífícil conquista da paz na região
Após o Holocausto levado a cabo pelo nazismo no século 20, ficou claro que o ódio anti-semita havia conduzido os judeus à beira da destruição total; Israel então passou a ser considerado como o único porto seguro no mundo para os judeus
AVIHAI SHIVTIEL especial para a Folha
Nenhuma nação viva no