Estado Absolutista
O declínio do feudalismo, o surgimento do Estado Absolutista e o advento do Renascimento na Europa costumam marcar o início da Idade Moderna, por volta do século XIV. Foi um momento de profundas transformações no mundo ocidental: formação dos Estados Nacionais, expansão marítima, reformas religiosas, enorme avanço tecnológico. O Estado moderno pôs fim ao período medieval (quando o governo era exercido por senhores feudais) após um longo processo de desintegração dos feudos, movido por revoltas camponesas, num cenário de surgimento e expansão das cidades.
Estado Absolutista
O Estado Absolutista, organizado sob os moldes monárquicos, tem como característica mais evidente a concentração de todos os poderes na mão do rei – criação, execução e julgamento das leis. Além disso, um governo absolutista controlava as atividades econômicas (com a criação de impostos, por exemplo), as funções administrativas e as Forças Armadas. A nobreza e o clero foram gradativamente perdendo poder diante da ascensão das burguesias nacionais, classe que naquele momento histórico desempenhou papel revolucionário ao ajudar a acabar com os regimes feudais.
O Estado é um contrato social
Thomas Hobbes é talvez o pensador inglês do século XVII mais associado ao absolutismo político. Enquanto na Grécia Antiga para Aristóteles, por exemplo, o homem é, por definição, um animal político, Hobbes defende a tese de que os seres humanos não são naturalmente inclinados para o convívio social e para a resolução racional dos problemas de natureza pública. Pelo contrário, sendo o objetivo máximo das ações humanas a sua própria sobrevivência, os homens são movidos pelo medo e pela necessidade, recorrendo a todo instante à violência, pois estão permanentemente em condição de guerra.
Por isso existe, para Hobbes, o Estado: para proteger os homens, os quais, em seu estado de natureza, não seriam necessariamente dotados de bondade. O acordo entre os homens que faz surgir o Estado