Escritores da liberdade

Análise Sociológica do Filme “Escritores da Liberdade”

O filme “Escritores da Liberdade” é baseado na história verídica de uma professora que no seu primeiro ano de licenciada se candidata a uma escola. Procurando conjugar a matéria escolar com lições de vida, a professora tenta através dos seus próprios métodos de ensino, educar e de certa forma “civilizar” aquela turma de adolescentes de diferentes etnias, culturas e raças, pertencentes a gangues.
O seu método consistiu em entregar a cada aluno um diário, no qual pretendia que escrevessem diariamente experiências, interacções, relações, ideologias, conflitos pessoais, problemas sociais e familiares quer do passado quer do presente. Tornando-se essa a base do seu projecto, a professora incentivou-os a ler livros como “O Diário de Anne Frank”, suscitando a identificação dos alunos com as personagens, o sentimento de tolerância para com os outros e a abertura das suas mentes para o mundo fora dos seus horizontes.
Mas este filme prende-se com muito mais do que a história de uma professora que tenta educar os seus alunos, uma vez que através do seu visionamento deparamo-nos com problemáticas como o racismo, xenofobia, desemprego, desestrutura familiar, intolerância, exclusão social e desigualdades sociais.

Deparando-se com o constante sentimento de racismo e xenofobia presente na sala de aula, a professora começa por realizar pequenos jogos, nos quais dividia a sala com uma linha e iniciado o interrogatório, os alunos deveriam aproximar-se da linha se se identificassem com o que a professora acabava de afirmar. De seguida, utilizou o exemplo de Anne Frank, uma rapariga judia, branca e alemã que sofreu perseguições por parte dos nazis até ter falecido num campo de concentração em plena II Guerra Mundial. Com estes dois métodos a professora tencionava evidenciar que os sentimentos por eles sentidos, como preconceito e exclusão social podiam afectar qualquer pessoa, independentemente da sua raça, etnia, cultura,