Escravidão e liberdade: o paradoxo americano edmund. s. morgan
[Segundo o autor em sua abordagem sobre escravidão nos EUA, mesma não poderá ser tratada como uma exceção devido à importante relevância desse fato, pois ela foi fundamental para construir a história como ela é: com marcas dominantes na história americana. Não se luta contra alguma coisa ou fato quando esse é pouco importante. As lutas por liberdade e a igualdade só se propagaram porque surgiu em algum momento a escravidão.]
P. 122 “[...] O paradoxo é evidente em muitos níveis se quisermos vê-lo. Pensemos, por exemplo, na tradicional insistência na liberdade dos mares. O axioma “Navios livres fazem mercadoria livre” era o ponto cardeal da doutrina americana em política externa à época da Revolução. Mas a mercadoria para a qual os Estados Unidos exigiam liberdade era produzida em grande parte pelo trabalho escravo. [...]”
[A simultaneidade com que os fatos aconteceram é que permitiu que o paradoxo ocorresse, pois o fato é que para que houvesse o conflito teve que haver idéias contraditórias. O questionamento se faz quando um povo dedicado a defender a liberdade; desenvolve e mantêm um sistema de trabalho que nega a mesma.]
P. 122”[...] Na época em que os colonizadores anunciaram sua reivindicação a essa posição, não dispunham nem de armas nem de navios para fazer valer sua exigência. Precisaram desesperadamente pedir a colaboração de outros países, sobretudo da França, e seu único produto de mais valor para comprar a colaboração era o tabaco, produzido principalmente pelo trabalho escravo.]”
[Em grande parte do texto Morgam cita que o trabalho