Escolarização de Negros

Todas as vezes que iniciamos qualquer reflexão sobre a escolarização dos negros no Brasil, pensamos no presente, nos dias de hoje. O passado, quando aparece, serve pra confirmar tudo aquilo que o presente nos diz tão vivamente. Atualmente encontramos registros de produções acadêmicas voltadas para os problemas atuais da educação dos negros; depoimentos de militantes antigos que combateram a discriminação racial, falando do significado da educação para si e para a população negra em geral; relatórios dos movimentos negros, regionais dando ênfase aos problemas da educação. E mesmo que cada um desses registros seja de épocas diferentes, o assunto tratado é a educação dos negros e seus significados. As críticas dos mesmos contribuem para denunciar a mentira da igualdade de oportunidade para todos, nos quais nossa civilização diz existir. E também, quando pensamos nas críticas à atual situação educacional dos negros, encontramos dois polos cujos foram estruturados: Exclusão e abandono. Isso já é bastante antigo no Brasil e no mundo. Podemos ver isso claramente no vídeo “Unequal Opportunity Race”, do site do CEERT, apresentado em sala. Os negros foram massacrados, humilhados, colocados à prova, subestimados, desrespeitados. Uma desigualdade sem fim. Se me permite uma colocação, achei o vídeo absurdamente forte de assistir e pensar que, em pleno século XXI ainda existam pessoas como os “Brancos” apresentados.
É de fundamental importância que os professores desconstruam ideias distorcidas sobre as relações negros e brancos que se instalaram em nosso país desde o processo de colonização, a exemplo da ideologia do branqueamento. A Lei nº 10.639/03 pode ser interpretada como uma medida de ação afirmativa, uma vez que tem como objetivo afirmar o direito à diversidade étnico-racial na educação escolar, romper com o silenciamento sobre a realidade africana e afro-brasileira nos currículos e práticas escolares e afirmar a história, a memória e a identidade de crianças,