Esc Ndalo Da Petrobras

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Escândalo da Petrobras
Alvo de inquérito da Operação Lava Jato aberto ontem no Supremo Tribunal Federal, o deputado Lázaro Botelho (PP-TO) diz que não vai pedir afastamento da CPI instalada para investigar a corrupção na Petrobras. "Eu acho que a pessoa, só por estar citada, não significa que ela é errada. Acredito que a Justiça vai analisar os fatos e vai botar os pingos nos 'is'. Acho até que é tranquilo estar lá dentro porque não tenho nada a esconder. Minha vida é um livro aberto. Se eu tivesse alguma coisa a esconder teria motivo para me afastar, mas tenho consciência da minha lisura", diz Botelho, integrante do PP.
A sigla de Botelho é a que tem mais parlamentares enrolados no escândalo. Entre os 47 pedidos de investigação contra políticos, 32 deles são direcionados a representantes da legenda. Conforme os indícios reunidos pelo Ministério Público, os pepistas atuavam de forma organizada e recebiam mensalmente propina por intermédio do doleiro Alberto Youssef. Segundo as apurações da Operação Lava Jato, a bancada na Câmara levava entre 1,2 milhão de reais e 1,5 milhão de reais todos os meses, enquanto os líderes, responsáveis pela distribuição do dinheiro, embolsavam de 250.000 reais a 500.000 reais mensais.
Botelho, que também integra o Conselho de Ética da Câmara, nega conhecer os personagens do escândalo. "Eu conheço esse pessoal citado, esses envolvimentos aí pela televisão, igual todo brasileiro está vendo. Mas não conheço ninguém deles, nunca vi pessoalmente ninguém. Isso aí vai ser esclarecido", afirmou. Assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Botelho também criticou a atuação da PGR (Procuradoria-Geral da República). "Acredito que o Ministério Público, antes de conhecer os problemas, já faz um auê. Primeiro prejudica para depois saber o que está acontecendo", afirmou.

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