Era do Rádio

Em 7 de Setembro de 1922 ocorreu a primeira transmissão oficial de rádio no Brasil feita pelo presidente Eptácio Pessoa em um discurso comemorativo dos 100 anos da independência. Um ano depois, no dia 20 de Abril de 1923, Roquette Pinto e Henry Morize inauguraram a primeira emissora de rádio, a Rádio Sociedade. Sua programação cultural, educativa e altruísta, por meio de óperas, recitais de poesia, concertos e palestras culturais, tinha como publico alvo a elite. Porém somente em 1931, com o Decreto n 20.047, de 27/05/31, que a radiocomunicação foi regulamentada no país. No início do Estado Novo, após o auto-golpe de Getúlio Vargas, o país entrou em um regime ditatorial e o rádio passou a ser um dos instrumentos de poder, destacando-se como o maior veículo de comunicação de massa, refletindo as mudanças pelas quais o país passava. A autorização do governo Vargas, para a veiculação de publicidade no rádio, deu ao novo meio um impulso comercial e popular. A partir dai, o rádio se desenvolve com grande intensidade. Era o ‘’boom do radio no Brasil’’. Getúlio Vargas foi primeiro político brasileiro que entendeu o alcance da comunicação de massa. Com isso ele cria a famosa Rádio Nacional do Rio de Janeiro, uma rádio financiada pelo estado e líder de audiência durante duas décadas. A ditadura Vargas se apropriou dessa rádio e a transformou em veículo oficial do Estado Novo. Começam a se multiplicar as emissoras, que passaram a descobrir e explorar outros interesses da população. A transmissão da Copa do Mundo de 1938 foi um exemplo onde a população, em clima de expectativa, reunia-se para ouvir as partidas.

Pioneiro do microfone, o pernambucano Adhemar Casé foi responsável pelo primeiro programa comercial, em 1932. Foi também o primeiro a pagar cachê aos artistas, a fazer um contrato de exclusividade e a criar um jingle, além de servir de palco para grandes cantores da época, como Braguinha, Dorival Caymmi, Orlando Silva, Carmen Miranda, Almirante,