Epilepsia

SUMARIO
1. Conceito Histórico
2. Conceito Biológico
3. Aspectos Clínicos
3.1. Epilepsias Focais
3.2. Epilepsia de tipo Jacksoniano
3.3. Epilepsias Versívas Conscientes
3.4. Epilepsias Versivas Inconscientes
3.5. Epilepsia Motora Lateralizada
3.6. Epilepsia com Aura Visual
3.7. Epilepsia com Aura Auditiva
3.8. Epilepsia Temporal
4. Problema Social dos Epiléticos
5. A cirurgia da epilepsia
5.1. Investigação pré –operatória
5.2. Realização da cirurgia

1. Conceito Histórico
Para melhor compreensão do conceito de epilepsia dentro da medicina e interessante que façamos um retrospecto sumario da sua evolução, segundo o modo de pensar dos que a estudaram.
Na Roma antiga a epilepsia era vista com algo contagioso, e era evitado o contato com os doentes. Já na Idade Média, essa pessoas foram perseguidas acusadas de bruxaria. Em 1494, foi lançado o manual de caçar bruxas, “Malleus maleficarum”, escrito por dois frades dominicanos vinculados à famigerada Inquisição Católica. Nesse tratado, a presença de crises epilépticas eram uma característica de feitiçaria e de possessão demoníaca, e a orientação era perseguir e caçar as pessoas com tais características, o que levou à morte mais de 100.000 mulheres. A epilepsia tambem já foi considerada como manifestações de espíritos e tratada ou até adorada por varias religiões e cultos místicos. Um exemplo bem claro disso foi a pratica de exorcismo em pessoas que hoje seriam diagnosticadas com o mal epilético.
No Renascimento, surgiu a noção de que a epilepsia era uma manifestação de doença física que se manifestava no lugar de outra doença mais crônica. Mas foi apenas durante o Iluminismo que a epilepsia, com a ajuda de avanços da anatomia, patologia, química, farmácia e fisiologia, começou a ser conhecida de uma forma mais moderna.
Grandes nomes que aparecem durante a história evolutiva da epilepsia são Hipócrates, Galeno, Arateus, Avicena, Paracelsus, Willis, Boerhaave e Tissot. As descrições