Ensaio

A escola representa em muito a sociedade em que vivemos no que diz respeito a diversidade, ela reflete toda as diferenças presentes no mundo que a cerca na maioria das vezes. Mas como discutir, debater, enxergar e fazer enxergar tanta diversidade? É possível não só apontarmos, mas enquanto parte deste espaço trabalharmos tais assuntos sem causarmos constrangimentos ou estimularmos o preconceito? A escola está preparada para o debate?
Então, que possamos começar a refletir como a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) pretende formar profissionais que tenham um senso crítico, conscientes de seu papel na sociedade promoverá em seu currículo questões que possibilitem ao seu alunado perceber um mundo tão diverso presente na sua comunidade, na sua escola, no seu trabalho.
A diversidade cultural seria a variedade, diferença e multiplicidade onde, a diferença é qualidade do que é diferente; o que difere uma coisa de outra, a falta de igualdade ou de semelhança. Nesse sentido, podemos afirmar que onde há diversidade existe diferença, de acordo com Abramowicz (2006). Diante disso, pode-se afirmar que onde a diversidade está presente existem diferenças. Trata-se de um fenômeno que sempre acompanhou a humanidade.
No Brasil enxergar que somos diferentes para estabelecer a existência de uma diversidade cultural, não é suficiente para combater os “modelos” e os estigmas que ainda escravizam milhares de crianças em nossas escolas e milhares de jovens e adultos em nossa sociedade. Maria Vera Candau (2005) afirma que:

“Não se deve contrapor igualdade a diferença. De fato, a igualdade não está oposta à diferença, e sim à desigualdade, e diferença não se opõem à igualdade, e sim à padronização, à produção em série, à uniformidade, a sempre o “mesmo”, à mesmice”. (CANDAU, p. 19)

Discorrer sobre diversidade não pode ser só um ato de perceber os diferentes, de suportar o “outro”. Antes de suportar, respeitar e reconhecer a diferença é preciso explicar como essa diferença