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ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS DAS TECNOLOGIAS CONVENCIONAIS DE GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA E DAS TURBINAS EEI

As usinas hidrelétricas necessitam de grande área com relevo acidentado para a formação de reservatório, fator fundamental para se obter altura manométrica suficiente e necessária para geração de energia elétrica.

De forma geral, pode-se afirmar que a implantação e a operação dessas grandes usinas hidrelétricas provocam impactos ambientais tais como a perda de terras férteis; a fuga da fauna; a destruição da flora, devido ao alagamento das áreas com a formação do reservatório; o assoreamento dos rios; a perda da qualidade das águas e a proliferação de plantas e parasitas responsáveis pela transmissão de doenças infecciosas.

A construção de usina hidrelétrica requer inundação de enorme área, e o lago pode atingir terras indígenas, quilombolas e propriedades de pequenos agricultores, além de unidades de conservação e áreas urbanas de cidades, provocando o desaparecimento de recursos naturais e culturais das comunidades locais pela submersão de igrejas, sepulcros, monumentos arqueológicos, quedas d’água, grutas, cavernas, entre outros, além de alterar significativamente os regimes hídricos do rio e causar uma significativa elevação do lençol freático nos arredores do reservatório.

Quanto aos impactos sócio-econômicos e culturais a construção dos grandes empreendimentos hidrelétricos, eles prejudicam a sobrevivência econômica e o modo de vida das populações atingidas. Entre os impactos provocados pelo deslocamento obrigatório das pessoas atingidas, está a perda de identidade coletiva decorrente da perda da propriedade rural e dos padrões de organização social, como relação de parentesco, amizade, comunidade, além do rompimento dos laços sociais estabelecidos por gerações centenárias. (FRANKLIN DANIEL ROTHMAN et al, 2004).

Muitas barragens são projetadas em regiões onde há predominância de agricultura familiar.