Engenharia meio ambiente e a expanção urbana
ENGENHARIA, MEIO AMBIENTE E A EXPANSÃO URBANA
RESUMO: Hoje, os grandes centros urbanos têm mudado as características da ocupação e uso do solo, principalmente nas áreas de expansão.
Para responder à demanda crescente, além da necessidade de se trabalhar com coeficientes de aproveitamento do solo cada vez maiores, as edificações têm ganhado em altura e em profundidade de subsolo. Se os dois primeiros aspectos são quase que naturais, pois respondem à fuga do homem do campo e ao próprio crescimento populacional, o segundo satisfaz, principalmente nos países pobres, onde o transporte público urbano é precário, à demanda cada vez maior de espaço para a guarda de veículos.
Com a atual dinâmica dada à expansão urbana, vários problemas ambientais começam a surgir.
Como executora dessa mudança faz-se necessário que a engenharia esteja preparada. Esse artigo levanta alguns problemas para reflexão, contextualizando a responsabilidade das pessoas físicas e jurídicas que militam na engenharia.
Introdução
Apesar de intervir a engenharia civil, por meio das obras que realiza, diretamente no meio ambiente, este não é, infelizmente, um tema tratado com a habitualidade e profundidade necessárias nos projetos e eventos técnico-científicos na área geotécnica.
No que tange às escavações e às obras de fundação, à primeira vista, o tema pode parecer- lhes distante, apesar de literalmente banhar- lhe o corpo e estar sob seus pés, como se buscará mostrar nesse trabalho.
No contexto geral, as obras geotécnicas são muitas vezes causadoras de grandes impactos e mesmo danos ambientais. Assim são as obras rodoviárias, com suas áreas de empréstimo exploradas de modo inadequado, com lançamentos inapropriados de suas drenagens superficiais e profundas, com a falta de re-vegetação e proteção dos taludes de corte e aterro, todos gerando graves problemas de erosão e assoreamento de cursos d’água e