engenharia de produto
A empresa achou, então, que era hora de criar uma quarta divisão, intermediária entre Ford e Mercury, na mesma faixa dos Pontiac, da rival GM.
Os trabalhos começaram em 1954. A empresa investiu em pesquisas e montou um mosaico com tudo o que o consumidor parecia querer. Mais de oito mil nomes foram selecionados para o carro, inclusive aberrações como "Utopian Turtletop" e "Mongoose". No fim, os executivos decidiram-se por Edsel - nome do falecido filho único do também morto Henry Ford.
Antes do lançamento, em fins de 1957, o público foi bombardeado com propagandas, criando uma expectativa exagerada. Mas o Edsel não chegava a ser um espanto: sua característica mais marcante era a grade vertical, inspirada em modelos dos anos 30.
Outro ponto singular era o seletor de marchas do câmbio automático, por botões no meio do volante. Todos os motores eram V8 com carburador quadrijet e potência nunca menor que 361cv. Havia diversas opções de carrocerias e acabamentos.
O público foi às concessionárias, viu, mas não levou. Entre o início do projeto e o lançamento, o mercado sofrera uma reviravolta, e os americanos começaram a desejar carros menores que o Edsel.
Logo o modelo encalhado virou piada. Por causa do formato singular da grade, o carro foi chamado de "Oldsmobile chupando limão", "tampa de vaso sanitário" e "colar de cavalo". Foi até comparado ao órgão sexual feminino.
Por causa dos acordos com concessionárias, o carro ainda foi mantido por três anos. Nesse período foram vendidos só 110 mil Edsel contra 1 milhão de