enfermagem

Trichomonas vaginalis

Introdução: Trichomonas vaginalis é o agente etiológico da tricomonose, a doença sexualmente transmissível (DST) não-viral mais comum no mundo. Estima-se que ocorram 250 a 350 milhões de casos de tricomonose no mundo anualmente. As outras espécies de tricomonadídeos encontradas no homem são Trichomonas tenax, Trichomonas hominis e Trichomitus fecalis. O T. tenax é não patogênico, vive na cavidade bucal humana e também de chipanzés e macacos. O T. hominis não é patogênico, habita o trato intestinal humano. O T. fecalis, foi encontrado em um único paciente não existindo certeza se o homem seria seu hospedeiro primário.

Epidemiologia: A incidência da infecção depende de vários fatores incluindo idade, atividade sexual, número de parceiros sexuais, outras DSTs, fase do ciclo menstrual, técnicas de diagnóstico e condições sócio-econômicas. A prevalência é alta entre os grupos de nível socioeconômico baixo. A perpetuação do protozoário parasito depende da sobrevivência no hospedeiro humano. O organismo, não tendo a forma cística, é suscetível à dessecação e às altas temperaturas, mas pode viver, surpreendentemente, fora de seu hábitat por algumas horas sob altas condições de umidade. O T. vaginalis pode viver durante 3 horas na urina coletada e 6 horas no sêmen ejaculado. A taxa de prevalência da infecção em homens é pouco conhecida, mas provavelmente é 50 a 60% menor que em mulheres.

Microbiologia: Filo: Sarcomastigophora; Subfilo: Mastigophora; Classe: Zoomastigophorea; Ordem: Trichomonadida; Família: Trichomonadidae; Genero: Trichomonas. O T. vaginalis habita o trato geniturinário do homem e da mulher, onde produz a infecção e não sobrevive fora do sistema urogenital. O protozoário é polimorfo, tanto no hospedeiro natural como em meios de cultura. Os espécimes vivos são elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos. O protozoário é muito plástico, tendo a capacidade de formar pseudópodos, os quais são usados para capturar os alimentos