ENERGIA DAS MARÉS

Tanto a energia cinética quanto a energia potencial das marés podem ser aproveitadas. A temperatura dos oceanos, ondas e marés poderiam proporcionar muito mais energia do que somos capazes de gastar.

A energia das marés (maremotriz) é obtida pela energia proveniente do desnível das marés, revertida em eletricidade usando a construção de barragens, eclusas (que permite a entrada e saída de água) e unidades geradoras de energia. É bastante similar a uma usina hidrelétrica, suas barragens são construídas próximas ao mar e seus diques são responsáveis pela captação da água durante a alta da maré. Ela é armazenada e depois liberada durante a baixa da maré, passando por uma turbina, gerando assim, energia elétrica.

A maremotriz é uma boa alternativa para produção de eletricidade, pois é uma fonte limpa, renovável e alternativa. Porém, poucos locais apresentam características propicias para a obtenção desse tipo de energia, afinal, o desnível das marés deve ser superior a 7 metros, além dos altos investimentos e o baixo aproveitamento energético. Podem ocorrer impactos ambientais na implantação do sistema, como principal a relação ao ecossistema marinho.

Locais com potencial para produção de energia maremotriz estão Canadá, baía de Fundy com mais de 15 metros de desnível; França, baía Mont-Saint-Michel também com mais de 15 metros. No Brasil há o estuário do Rio Bacanga em São Luís (MA) e a ilha de Macapá (AP), com 7 e 11 metros respectivamente.

Atualmente, os países que mais utilizam esse modo para se obter energia são Japão, França, Coréia do Sul, Inglaterra e Estados Unidos, sendo principalmente instaladas no Havaí.

A ideia de utilizar a diferença da maré alta e baixa para extrair energia acumulada nos oceanos não é nova – já no século XII, na Europa, havia moinhos submarinos. Eram instalados na entrada de baías estreitas e o fluxo e refluxo das águas moviam as pedras de moer.