ENEGEP2003 TR0403 1736

XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003

Avaliação quantitativa da carga física de trabalho integrada com a
Ergonomia Participativa em setores de uma Fundição
Lia Buarque de Macedo Guimarães (LOPP/UFRGS) [e-mail]
Paulo Portich (LOPP/UFRGS) [e-mail]
Silvério Fonseca Kmita (LOPP/UFRGS) [e-mail]

Resumo
Esse artigo apresenta o estudo da carga física de trabalho, por meio da avaliação fisiológica, integrada com a avaliação qualitativa dos trabalhadores dos setores de Quebra e
Rebarbação de uma Fundição do Rio Grande do Sul. A carga de trabalho fisiológica foi avaliada por cálculo indireto, com base na freqüência cardíaca.. Os valores resultantes do pulso de trabalho (PT) mostraram expressiva carga de trabalho de alta demanda fisiológica tendo a diferença entre a freqüência durante a atividade e a freqüência de repouso, ultrapassado níveis considerados como limites fisiológicos: Fc = 100 bpm segundo Astrand
& Rodahl (1986) e acima de 35 pulsos de trabalho (PT) segundo Grandjean (1998). Estes níveis quantitativos de carga física corroboraram a avaliação qualitativa dos trabalhadores.
Alterações no projeto e nos processos são sugeridas preliminarmente para a melhoria das condições de trabalho.
Palavras-chave: Ergonomia Participativa, Avaliação Fisiológica, Carga Física, Fundição.

1. Introdução
Uma das formas de se mudar o trabalho é realizando uma avaliação das condições de trabalho, o mais completa e acurada possível. Além disso, os resultados destas avaliações devem ser elementos poderosos de convencimento para a mudança. Se às vezes é difícil convencer a gerência com base em dados puramente qualitativos, geralmente eles se impressionam com os dados quantitativos. Um dado passível de ser levantado em qualquer situação de trabalho, em função da tecnologia hoje disponível, acessível, não invasiva e pouco obstrusiva é o da frequência cardíaca. A freqüência cardíaca é alterada pela