Endividamento da familia brasileira

Conforme dados coletados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do consumidor, elaborada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual das famílias endividadas, aumentou, até agosto de 2012, pelo terceiro mês consecutivo. Hoje, somam um total de 59,8%. Estas dívidas advêm de vários meios “facilitadores” de crédito, como os cheques pré-datados, os carnês de lojas, os cartões de crédito, empréstimos pessoais, etc. O cartão de crédito é considerado o maior deles, com 73,3% de famílias devedoras. Tais facilidades, somadas à política de incentivo ao crédito e à aquisição de bens duráveis, propagadas pelos meios de comunicação, iludem o consumidor, que acredita ter o “poder de compra”, consome mais, gradativamente, muitas vezes, além do salário que ganha, esquecendo-se que de uma maneira ou de outra, terá de pagar pelos serviços e produtos adquiridos. De acordo com o mais novo levantamento do Banco Central, as dívidas vêm consumindo, no período de 12 meses, quase 43% do que os brasileiros ganham nesta faixa de tempo. Este índice foi o mais elevado desde o ano de 2005. Consoante o artigo escrito por Mônica Teixeira, ao Jornal Nacional, “o endividamento das famílias brasileiras mais que dobrou nos últimos sete anos e atingiu um nível recorde. Isso, basicamente, foi consequência de dois fatores: o primeiro foi a oferta de crédito no país, mas o outro foi um certo descuido nas contas”. Acredita-se que este “descuido” é o que proporciona o efeito “bola de neve” nas faturas dos brasileiros, que muitas vezes, recorrem a formas variadas de empréstimos para pagar suas dívidas antigas e não param de consumir enquanto estão tentando quitá-las, formando endividamentos infindos e comprometendo fatias cada vez maiores de seus salários. O segredo para não se “afundar” em dívidas? O especialista em finanças, Roberto Zentgraf traz: “você pega o valor de seu salário, da sua renda, desconta todas as despesas que são fixas e aí você tem o conceito de sobra, quanto