Encíclica Rerum Novarum e a CF/88

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Os abusos e a excessiva exploração dos trabalhadores durante o Estado Liberal, de um lado, e a ameaça Comunista que pregava o fim das lutas de classe e o secularismo estatal, de outro, motivaram a Igreja Católica a se manifestar por meio da Encíclica “Rerum Novarum”, que muito mais que uma mera manifestação papal, serviu de modelo para a consolidação do Estado Social.
Em 1891, o Papa Leão XIII publicou uma das mais importantes encíclicas na história moderna do Papado, “Rerum Novarum”, ou “Coisas Novas”, em tradução literal, tendo como objeto o tratamento a ser ofertado à Classe Operária. A citada publicação foi um divisor d´água no desenvolvimento da Doutrina Social Católica, por trazer conceitos de ética e dignidade nas relações econômicas e sociais.
Outras várias encíclicas mantiveram a tradição pela abordagem crítica da questão do trabalho, tanto que algumas foram feitas em sua homenagem (“Quadragesimo Anno”, 1931, elaborada por Pio XI e “Centesimus Annus”, 1981, de cunho do Papa João Paulo II).
Sob a inspiração dos “Doutores da Igreja, em especial São Tomás de Aquino, na sua obra “Summa Theologica”, Leão XIII construiu sua teoria combatendo o Estado ateu proposto pelos comunistas, mas também refutou os exageros trazidos pelo Estado Liberal, que impunha aos proletários, condições indignas de trabalho e sobrevivência.
Destarte, a “Coisas Novas” trazidas pelo Bispo de Roma reflete em dupla instância: condena o Socialismo e o Comunismo, arguindo, assim como fez Thomas Moore, a ideologia que a propriedade privada era um direito humano natural; igualmente rejeita a exploração exacerbada da classe trabalhadora, o trabalho desumano e as péssimas condições de vida que isso propiciava. Isto porque, tanto o Comunismo, como o Capitalismo até então vigente, tinham base materialistas, o que era repudiado pelas ideias da Igreja15.
A influência da Carta foi enorme, em várias partes do mundo, especialmente nas nações as quais os católicos eram maioria.
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