Emyly dickson

1939 palavras 8 páginas
Introdução

EMILY DICKINSON

Nasceu: 10/12/1830 em Amherst,
Massachusetts - USA
Faleceu em 15/05/1886 em Amherst, Massachusetts - USA
Emily Dickinson inaugura a fase moderna da poesia norte-americana. Coube a ela, com suas imagens e visões, criar uma nova estética. Emily tratou de temas universais, como a vida e a renúncia, o amor e a dor, a fé e Deus e, sobretudo, a imortalidade. Emily, com seu espírito atormentado e desesperançado, abordou ao mesmo tempo a morte e a imortalidade. Aflorou suas agonias e êxtases para transcender desse mundo rotineiro e banal: “Viver é assombroso, nem deixa lugar para qualquer outra ocupação”. Ela viveu reclusa quase a vida toda na cidade onde morava, Amherst, em Massachusetts.
Emily não publicou nenhum livro em vida. Em 1862 o crítico Thomas Higginson recebia uma carta da poeta pedindo sua opinião sobre quatro poemas. O crítico ficou perplexo com as inovações estéticas e escreveu-lhe pedindo para adiar a publicação dos poemas. Emily respondeu: “Sorrio quando você sugere que eu protele a “publicação” _ o que está longe de meus projetos, como o firmamento dos dedos _ se eu conhecesse a fama, eu não poderia fugir a ela _ se não a conhecesse, ela me perseguiria o dia inteiro _ e eu perderia a aprovação de meu cachorro _ minha condição de mendigo é melhor.”

Poeta “inspirada”, incompreendida em sua época, seus versos revelam a ruptura do ritmo cadenciado dos românticos, a sintaxe telegráfica, a condensação do pensamento e mostram a livre pontuação com travessões, substituindo os pontos e vírgulas e criando poemas fragmentados, já totalmente modernos.
Sua vida discreta e misteriosa desafia até hoje os estudiosos de sua obra. Sua poesia possui uma liberdade sintática única, é densa e paradoxal como sua vida. Em sua enigmática literatura, criou um idioma poético próprio, desprezando as fórmulas ou a regularidade convencional.
Augusto de Campos, na tradução que preparou para a edição de 2007, publicada pela Unicamp, observa:

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