Empreendedorismo e jovens empreendedorrs

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A cultura empreendedora difundida atualmente no país tem, no segmento de jovens pertencentes à classe média, um terreno fértil, que vem, nos últimos tempos, captando ideais liberais que valorizam a livre-iniciativa, e a autonomia em sua realização pessoal e profissional. Essa juventude da classe média, cuja formação é voltada ao trabalho na modalidade empreendedora, pode ser explicada por influências que objetivam uma intenção de reprodução e ascensão social também compatível às aspirações familiares.
No entanto, a maior parte dos jovens brasileiros tem pouca ou nenhuma cultura empreendedora. Uma das causas que contribuíram para isso foi o legado português expresso na forte submissão das relações entre a Coroa e suas colônias. Barros e Prates (1996) apontam que 67% dos trabalhadores brasileiros, de todos os níveis sociais, têm uma postura de espectadores, 77% apresentam uma postura de paternalismo e 76% mostram um comportamento de dependência. Esses fatos refletem na disposição dos jovens na busca de emprego4.
Outro ponto inibidor é o fato de o Estado brasileiro, historicamente, ter pouco se preocupado com a cultura do empreendedorismo, o que reflete na insuficiência de políticas públicas para esse fim. Mais recentemente, o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem oferecido, timidamente, linhas de crédito para iniciativas empreendedoras. Outra iniciativa do estado refere-se à Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que se encontra em tramitação no Congresso Nacional.
A doutrina religiosa brasileira, calcada secularmente no catolicismo romano, enraizou uma cultura contra-capitalista, contribuindo para a formação de um comportamento de servidão, e obediência, e de uma visão distorcida da acumulação de capital. Max Weber, no início do século passado, mostrou a relação entre a doutrina calvinista protestante e o surgimento do capitalismo na Europa (WEBER, 1987).
Este estudo analisa a percepção de jovens empreendedores

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