elziane

Petrópolis, RJ: Vozes, 2010
Michel Foucault nasceu em Poitiers em 15 de outubro de 1926 e morreu em Paris no dia 25 de junho de 1984. Ele foi um filósofo que estruturou sua linha de pensamento em oposição ao existencialismo de Jean – Poul Satre. Foi classificado por alguns estudiosos como pós-moderno e estruturalista devido as abordagens trabalhadas em suas obras. Alguns conceitos desenvolvidos em seu trabalho foram Biopoder, Regime de verdade e a Análise de discursos. Também construiu teorias sobre o saber, o poder e o sujeito que rompem com as concepções modernas justificando seu enquadramento, mesmo o autor não concordando.
O filósofo trabalhou em várias universidades como Cleermont Ferrand na França, Uppsala na Suécia, Universidade de Túnis na Tunísia e por fim se estabeleceu como professor da cátedra de
História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France de 1970 até sua morte em 1984.
O livro que abordamos nesta resenha se enquadra dentro da linha estruturalista que consiste em estudar a estrutura do sistema (que inicialmente se deu no campo da linguagem) através da análise das relações entre os elementos envolvidos. Michel estende o método estruturalista de investigação científica do campo da lingüística para o campo da história e constrói nessa base o seu livro Vigiar e Punir: nascimento da prisão abordando as relações de poder que se deu entre elementos como instituições, criminosos, sociedade e sujeitos que executam a punição para estudar a evolução histórica da legislação penal e dos respectivos métodos e meios coercitivos e punitivos adotados em diversas época e quais discursos eram utilizados para justificar as mudanças dessa evolução. O livro é dividido em quatro partes, a primeira, contém dois capítulos, trata do suplício, suas motivações, estruturas, relações sociais e a mudança na percepção do corpo; na segunda, com a mesma subdivisão, traz a problemática das punições, como medir a adequação da punição com a pena cometida