Eletroforese- biofísica

Eletroforese

É uma técnica laboratorial que consiste na separação de componentes de um sistema – proteínas, ácidos nucléicos – quando estes são submetidos a um campo elétrico, ocorrendo uma migração diferencial destes compostos. Essa migração se faz apenas quando as substâncias analisadas têm carga elétrica livre, ou seja, excesso ou falta de elétrons.
Além disso, essa técnica permite a caracterização de amostras tanto qualitativa quanto quantitativamente. É possível uma determinação do número de espécies da mistura, assim como, a pureza da preparação. Em se tratando de proteínas pode-se obter seu ponto isoelétrico (característica inerente a cada molécula) e o seu peso molecular aproximado.
Os componentes que têm carga elétrica livre, em um campo elétrico, migram para o polo de carga elétrica oposta a sua carga resultante. Sendo o polo elétrico constante as moléculas migram com velocidade constante. O fluxo migracional das partículas pode ser calculado matematicamente e depende diretamente da densidade de cargas, da concentração das partículas do meio, da área do fluxo, da mobilidade das partículas e do gradiente de potencial elétrico; inversamente, depende do espaço percorrido.
Alguns fatores podem influenciar a velocidade de migração dessas partículas, como o pH do meio, a força iônica do tampão, a interação com a fase estacionária, o tipo de suporte utilizado, temperatura, entre outros.
A eletroforese das proteínas do soro, por exemplo, é de grande importância na investigação clínica e resulta na separação de cinco componentes proteicos: fração de albumina, alfa-1, alfa-2, beta e gama globulina. Utiliza-se um tampão de pH 8.6 para isso. * Informações Importantes
Ponto isoelétrico: é o valor do pH em que uma proteína tem suas cargas positivas e negativas equivalentes, não migrando, portanto, na presença de um campo elétrico.
Focalização Isoelétrica: procedimento usado para determinar o ponto isoelétrico de uma proteína.
SDS: quando se quer