ELES, OS JUÍZES, VISTOS POR NÓS, OS ADVOGADOS
Disciplina: História do Direito
Prof: Cibele
Data: 16/06/2015
Aluna: CamilaVirgínia Dândalo Wotecoski
ELES, OS JUÍZES, VISTOS POR NÓS, OS ADVOGADOS
Piero Calamandrei
O livro se refere a uma autobiografia profissional do autor, no qual expõe experiências presenciadas e vividas nos Tribunais e, principalmente, as vicissitudes da relação entre os juízes e os advogados, bem como das relações entre os advogados e seus clientes.
Um ponto interessante é quando Calamandrei cita a dicotomia vivenciada pelo advogado entre atender as exigências do juiz e de seu cliente que são exatamente opostas, porquanto o juiz quer um advogado que seja objetivo, fale pouco ou silencie e escreva pouco, e o cliente, que por estar pagando, quer que seu advogado fale muito – de preferência sempre o último a proferir alguma palavra – e escreva bastante.
Em um dos capítulos o Autor fala sobre a fundamentação da sentença, a qual mesmo que bem feita nem sempre pode ensejar em uma sentença justa. Muitas vezes uma sentença sumária significa que o juiz já está convencido da verdade e não gastará mais tempo tentando se convercer de evidências diversas. Já uma sentença morosa e extensa pode revelar um juiz inseguro. Contudo, isso não é uma regra, pois não se quer dizer que uma excessiva inteligência do juiz lhe seja nocivo, mas o que lhe deve prevalecer é a intuição. Ao juiz não é bastante a aplicação de técnicas de direito, mas intuir que lado está com a razão.
Dessarte, muitos juízes, na ânsia de resolver os problemas, vencer as demandas judiciais e a própria burocracia dos expedientes processuais, acabam cometendo erros. Tais erros podem perturbar o sono do juiz porque muitas vezes ficam inseguros de ter proferido uma sentença injusta, assim, podem se reconfortar no fato de que existe neste processo judicial um recurso às cortes superiores – duplo grau de jurisdição – o que seria um remédio para sua inquietação.
O circo do advogado faz parte do