Elementotextual

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1. INTRODUÇÃO

A filosofia da enfermagem é definida a partir das teorias sobre conceituação do ser humano segundo as quais a pessoa é capaz de conhecer seu potencial interno de vitalidade como indivíduo e entender o processo de saúde-doença. A enfermagem holística é a integração dessas teorias para colocá-las em prática na pessoa que requer cuidados de enfermagem (CARRERA, 2006, p. 15)

Na área do ensino, as escolas de enfermagem tem sido tradicional e historicamente as reprodutoras da ideologia dominante e, implementadoras das políticas sociais; há um descompasso entre o ensino e a prática de enfermagem em saúde mental e dessas com as políticas de saúde.
O enfermeiro na graduação recebe uma formação generalista e direcionada para desenvolver ações técnicas claras e definidas. Na enfermagem psiquiátrica, porém, exige-se dele iniciativa, criatividade e diferentes modos de assistir, exigências estas para as quais não é preparado nem na formação, nem na prática institucional.
Os avanços tecnológicos e o crescimento das instituições hospitalares vieram contribuir para o processo de distanciamento das práticas de saúde desenvolvidas pelo enfermeiro, que tende a perder o contato com os pacientes, preocupando-se apenas com os doentes mais graves e as funções administrativas.
A assistência ao doente mental, hoje, em nosso país, está centrada no hospital psiquiátrico, embora lutas sejam feitas para modificar este quadro. Os hospitais psiquiátricos, tanto públicos quanto privados, encontram-se em péssimas condições de assistência e há muito as funções de reclusão, de manutenção da vida, do cuidado ou de hospedagem, bem como a função terapêutico-reabilitadora e a educativa, foram perdidas, dando lugar simplesmente a função de reclusão. Ou seja, tais instituições são o oposto do proposto pela Reforma Psiquiátrica, que exige dos profissionais de saúde uma prática contrária àquela iniciada com a psiquiatria tradicional, caracterizada pelo isolamento e pelo tratamento

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