Ela lia os surtos

Franca, 02 de Maio de 2014.
“Sistematização da mesa: Mulheres em situação de violência: desafios do trabalho do Assistente Social” – Profa. Dra. Onilda do Carmo Alves (Professora da UNESP Franca), Camila Tomé (Assistente Social formada pelo UNESP) e Natália Parizotto (Assistente Social formada pela PUC/SP).

Começo da mesa com uma poesia recitada pela componente da mesa Camila Tomé.
Fala Onilda Alves:
Violência contra mulher, termo surgido nos anos 60/70 junto com os avanços do movimento de mulheres, violência não só demonstrada em forma física, mas também psicológica.
Segundo Saffioti violência de gênero vem desde a ideia patriarcal, mantedoras do sistema vigente. Homem como categoria social, violência essa que se coloca na estrutura da sociedade capitalista na qual vivemos que mantém e reproduz essas ideias.
Família colocada como instituição reprodutora da ordem social apresentada na sociedade. Mulher não pode ser vista como vítima, pois não se pode tirar o caráter da violência estrutural vivida.
Encontro do Pará, primeiro encontro que trata de fato à violência a mulher de forma mais focada e direta, entender violência como física, sexual, psicológica, moral.
Cantadas são tratadas por alguns autores mais recentes como uma forma de violência sexual, ou seja, esse tipo de violência se dá de várias formas.
Pesquisa do IPEA, independente do número da porcentagem real da pesquisa, não é possível considerar isso como “melhor”, construção da sociedade, inaceitável esse resultado, não pelo número, mas pelo conceito ideológico trazido por trás. Cantadas funcionam como uma espécie como uma espécie de confirmação do poder do macho (palavras da palestrante). Problematização do poder do homem, o fato da mulher pertencer à classe trabalhadora ainda a coloca na situação de violência perante sua “classe”. Trabalhadoras domésticas vitimas de abuso/assédio sexual por seus patrões, fruto de uma ideologia machista pautada na sociedade capitalista que tem como objetivo