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Educação de Jovens e Adultos: história e perspectiva.

1- Introdução

Em 1992 Octávio Ianni, escreveu “A idéia de Brasil Moderno”, demonstrando como a concepção de modernidade passou por revisões em diversos momentos da história do país. Não podemos imaginar a modernidade sem pensarmos no papel que a educação exerce no processo, independente da época em que ela é colocada em questão. A possibilidade de modernização está intrinsecamente ligada à capacidade que o país tem de potencializar o seu sistema educacional. O ensino esteve envolvido nesse processo de mudanças, principalmente a partir da década de 1930, apesar do Octávio Ianni não fazer muitas referências a esse tema. Ao fazermos tal relação entre modernidade e educação, o caso do Brasil é emblemático. Como modernizar um país que sempre teve um número de analfabetos elevado. A solução foi aumentar a qualquer custo o nível de instrução do povo. Por isso que a educação dos jovens e dos adultos não é uma preocupação recente, ainda que essa modalidade tenha tido outras nomenclaturas.

O objetivo desse trabalho é fazer uma análise da educação de jovens e adultos enquanto um projeto educacional que procura atender as necessidades socioeconômicas de determinada parcela da população brasileira. Partiremos da idéia de que a educação é um organismo dinâmico, pois acompanha as mudanças pelas quais passam a sociedade. Sejam transformações sociais, econômicas ou culturais, de alguma maneira elas são refletidas no ambiente educacional. Essas influências externas podem ser assimiladas naturalmente, como acontece na maioria das vezes, ou então sofrer alguma intervenção legislacional. É nessa última perspectiva que está inserido um conjunto de ações que pode ser definido como a política educacional no âmbito federal, estadual ou municipal. O governo, por sua vez, facilita todo esse dinamismo da educação, pois trabalha com metas e até mesmo pela sua força ele é capaz de adequar a educação ao projeto de desenvolvimento