EIS AÍ TUA MÃE

EIS AÍ TUA MÃE1
“Colocarei inimizade entre ti e a mulher.”2
Assim, no início dos tempos, condenando Satanás, Deus prenuncia Maria, a mulher inimiga acérrima do demônio que seria vencido por seu filho Jesus.
E ainda, no fim dos tempos, o livro do Apocalipse nos diz que apareceu no ceu um sinal grandioso: “uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”3. De novo, vê-se Maria profetizada. Assim, na sua presença, é encerrada toda a história humana.
Maria é uma pessoa extraordinária, que vamos sempre descobrindo ainda mais ao longo dos séculos. Apesar de ser uma humilíssima mulher, que viveu em um pequeno povoado da Galileia, Nazaré, tão secundário que jamais foi lembrando no Antigo Testamento, nem no Talmud, nem por Flávio Josefo. “De Nazaré pode sair coisa boa?”4, perguntará Natanael a Filipe.
Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus tinha preparado Maria para se tornar mãe do seu Filho. Ela estava preparada por três características particulares: imaculada, sempre virgem, esposa de José.
IMACULADA – Não era possível que o Filho de Deus obtivesse sua carne mortal de uma criatura manchada pelo pecado original. Portanto, Maria, como toda criatura humana, tinha a necessidade de ser redimida pro Cristo, Aqui, pensou o Espírito Santo: aplicou a Maria, de forma antecipada, os méritos de Cristo. Nós nascemos com o pecado original, que nos é apagado no Batismo. Maria nasceu sem pecado original porque a Paixão do Senhor lhe foi aplicada em modo preventivo, ou seja, de forma que a culpa original não a tocasse. Ela foi remida pelo senhor antecipadamente, ou seja, a primeira das remidas.
A exceção da culpa do pecado original é puro dom de Deus. Mas, além disso, Maria jamais cometeu a menor falta voluntária, é a única entre as criaturas e isso é mérito seu, de sua total correspondência à graça. Os ortodoxos amam chama-la, por isso, toda santa.
SEMPRE VIRGEM – Esta característica foi fruto de uma inspiração do