EICHMANN EM JERUSAL M

1318 palavras 6 páginas
EICHMANN EM JERUSALÉM – HANNAH ARENDT

No livro acima em epígrafe, a filósofa judia Hannah Arendt busca promover, de maneira detalhada e inteligente, uma reflexão histórica, política e filosófica do julgamento de Adolf Eichmann, ocorrido em Jerusalém. Eichmann era um membro do partido nazista acusado de “arquitetar” medidas antissemitas e, logicamente, auxiliar na “Solução Final” dos judeus durante o governo totalitário de Hitler. Através de sua “leitura lúcida” da situação, Arendt nota que o réu não é nada mais do que um simples funcionário altamente metódico, burocratizado, e, acima de tudo, obediente à lei (independentemente de sua natureza). Por isso, tece a ideia de que ele deveria ser julgado pelos seus feitos e não pelo sofrimento dos judeus ou de qualquer outro povo. No início da obra já se pode perceber a tese da autora quando questiona se não seria mais lógico apresentar à corte todos os fatos do sofrimento judeu para depois examinar as provas que pudessem ligar Eichmann aos acontecimentos. Além disso, já se apresenta que a acusação se encontra no caminho totalmente oposto de sua tese. O julgamento, de suma importância em diversos aspectos, foi “levado” (com a captura de Eichmann em Buenos Aires) a Jerusalém, retomando a ideia apresentada no livro de que ‘só um tribunal judeu poderia fazer justiça aos judeus, e que era tarefa dos judeus julgar seus inimigos’. Nele, a plateia representava o mundo, e era justamente ao mundo que Israel queria dar “lições” e mostrar a diferença entre o heroísmo e a força israelense comparada a submissão passiva judia. Esse ponto foi intensamente discutido na sessão. A subordinação e a, de certa forma, conformidade dos judeus era questionada pela promotoria, “os porquês” da não reação e da não revolta. A resposta teve que ser meramente imaginativa, o medo, pois nenhuma das testemunhas conseguiram de fato responder ao questionamento. Em relação às testemunhas, vieram atestantes de todo tipo, e suas histórias não foram

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