Eichaman em Jerusal m e Julgamento do Carandiru

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Bruna dos Santos Gonçalves ­ 17339 ­ 3CD Eichman em Jerusalém e Massacre do Carandiru Para Max Weber a burocracia é uma forma de dominação legítima, um processo inexorável, ele afirmava que o sistema deveria ser gerido de formal racional e impessoal para que pudesse ser eficaz, princípios esses que formavam o alicerce de sua teoria junta com caráter legal, especialização, competência técnica etc., o grande problema deste pensamento é que torna todas as pessoas, que compõem a máquina burocrática, apenas ferramentas, meios para atingir um objetivo final e nem sempre um objetivo diretamente almejado pelos funcionários da burocracia pois a especialização (outro princípio da teoria da burocratização) limita a visão daquele que executa determinada parte do processo, processo este que foi pensado por outra pessoa com desejos que podem divergir da vontade e dos valores daquele que participa de sua realização.
Hannah Arendt ao analisar o julgamento de Eichman em Jerusalém se depara em uma situação extremamente difícil pois como Judia, correspondente do Jornal “The New Yorker” era esperado que ela fizesse um relato de um “monstro”, nazista, perverso que matou milhões de judeus, de forma vil, no entanto ao acompanhar o julgamento de Adolf Eichman o que a filósofa enxergou foi que houve uma transfiguração do réu como tornando­o corresponsável por diversos feitos do regime mas o que ele era mesmo é um burocrata, uma pessoa que apenas seguia ordens e as leis vigentes no momento de suas ações, na grande indústria da morte nazista, ele coordenava apenas uma pequena parte, sem pensar, sem questionar, sem refletir sobre o impacto que essas ordens que recebia, mesmo de acordo com a lei, causaria em outras pessoas, como a própria Hannah Arendt coloca, além de

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