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7495 palavras 30 páginas
Fonte:
PENA, Martins. Os Irmãos das Almas. Rio de Janeiro : Ediouro, 1968. p. 275-299 (Antologia).
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Andréa Massamyi Matsunaga
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OS IRMÃOS DAS ALMAS
Martins Pena

Comédia em 1 ato
PERSONAGENS
MARIANA, mãe de
EUFRÁSIA.
LUÍSA, irmã de
JORGE, marido de Eufrásia.
TIBÚRCIO, amante de Luísa.
SOUSA, irmão das almas.
FELISBERTO.
Um irmão das almas.
Um cabo de Permanentes.
Quatro soldados.
(A cena passa-se na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1844, no dia de Finados.)

Ato Único
Sala com cadeiras e mesa. Porta no fundo e à direita; à esquerda um armário grande. Durante todo o tempo da representação, ouvem-se ao longe dobres fúnebres.

Cena I
Luísa, sentada em uma cadeira junto à mesa – Não é possível viver assim muito tempo! Sofrer e calar é minha vida. Já não posso! (Levanta-se.) Sei que sou pesada a D.
Mariana e que minha cunhada não me vê com bons olhos, mas quem tem culpa de tudo isto é o mano Jorge. Quem o mandou casar-se, e vir para a companhia de sua sogra? Pobre irmão; como tem pago essa loucura! Eu já podia estar livre de tudo isto, se não fosse o maldito segredo que descobri. Antes não soubesse de nada!

Cena II
Eufrásia e Luísa
Eufrásia, entrando vestida de preto como quem vai visitar igrejas em dia de Finados
– Luísa, tu não queres ir ver os finados?
Luísa – Não posso, estou incomodada. Quero ficar em casa.
Eufrásia – Fazes mal. Dizem que este ano há muitas caixinhas e urnas em S.
Francisco e no

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