Efeito Tesoura

Uma empresa tem como objetivos principais expandir seus negócios, aumentar seu valor no mercado e garantir a sua sobrevivência. A grande expectativa em questão é de que a empresa alcance os resultados esperados através dos lucros obtidos em suas operações, que representam o autofinanciamento de sua sobrevivência. Entretanto, sabe-se que todo investimento envolve riscos e que em cada decisão tomada há a possibilidade de acerto, mas também de erro de seus resultados.
Denomina-se risco, a possibilidade de perda financeira. O empresário ao tomar uma decisão deve considerar o risco esperado para o retorno esperado. Se o lucro não for suficiente para cobrir os custos, corre-se então, o risco financeiro.
A alavancagem financeira consiste na capacidade da empresa em utilizar recursos de terceiros maximizando os efeitos da variação do lucro operacional sobre os lucros por ação dos proprietários de uma empresa. Portanto, a alavancagem pode ser considerada como o impacto total dos custos fixos na estrutura operacional e financeira da empresa. Sendo assim, toda a empresa é alavancada em algum grau e disso dependem os níveis de risco e retorno para seus proprietários.
Grande parte dos empresários possui certo grau de aversão ao risco financeiro, eles o temem devido às altas taxas de juros nominais, à grande exploração dos bancos, etc.
Nesse contexto, pode surgir o chamado Efeito Tesoura. Este ocorre quando a empresa necessita investir quantidades cada vez maiores de recursos em seu giro para atender o crescimento continuado de suas vendas brutas, mas a expansão da capacidade de financiamento com fontes estratégicas líquidas não consegue acompanhar o crescimento desse investimento.
Esse desequilíbrio exige então, o uso de proporções cada vez maiores de dívida líquida bancária de curto prazo para financiar suas necessidades operacionais.
Isso ocorre porque o saldo de tesouraria (indicador da existência ou não da liquidez de uma empresa) resulta da diferença entre a