efeito estufa

Quando ouvimos o termo “efeito estufa”, logo vem à cabeça a expressão "aquecimento global". À primeira vista, ao contrário do que possa parecer, o efeito estufa não é nocivo ao planeta, sendo essencial para que ele mantenha a sua temperatura estável na superfície. Esse fenômeno natural, vital para a manutenção da vida na Terra, se dá pela retenção de cerca de 60% da radiação dos raios solares que incidem sobre o globo terrestre. Isso é possível graças a um conjunto de gases formado pelo dióxido de carbono, metano, óxidos de azoto e ozônio, que somam menos de 1% da composição total da atmosfera da Terra.
Entretanto, o grande vilão que intensifica o efeito estufa, tornando-o um problema ambiental para o planeta, reside no aumento das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera, proveniente, principalmente, da queima de combustíveis fósseis e da destruição de florestas tropicais. Além disso, outros gases, como o metano, por exemplo, oriundo, no caso do Brasil, da pecuária e do lixo, e os clorofluorcarbonetos contribuem para amplificar a intensidade do efeito e, consequentemente, o aquecimento global. A estimativa é a de que nos próximos 100 anos a temperatura do planeta aumente entre 2º e 6º Celsius.

“Se uma pessoa sente frio, ao colocar um casaco, a energia do corpo fica retida, mantendo a sua temperatura estável. Imagine se em vez de um casado, fossem usados cinco. Ela vai começar a suar. No caso do planeta, acontece a mesma coisa, já que o calor da superfície é retido pelos gases do efeito estufa, que estão nas primeiras camadas da atmosfera e são formados por vapor d’água, dióxido de carbono, metano e o ozônio troposférico. Dessa maneira, o calor da superfície, que é liberado à noite para fora do planeta, fica preso na atmosfera e retorna, aumentando a temperatura na Terra”, explica o meteorologista Antônio Marengo, chefe do Centro de Ciências do Sistema Terrestre (CCST), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Marengo lembra o aquecimento