efeito das ocupaçoes desordenadas de terras no df

Posição do GDF

Prometido e cumprido. As duas áreas públicas de São Sebastião estão vazias. Elas foram invadidas na quinta-feira por cerca de três mil moradores do local, que, alegando estarem cansados de pagar aluguel na cidade, decidiram ocupar irregularmente a área pertencente ao GDF.
O Serviço Integrado de Vigilância do Solo (Siv-Solo) comandou a operação de retirada dos invasores com sucesso. Poucos deles se revoltaram com a decisão do governo. Para que todos concordassem com a retirada, o presidente do Movimento dos Inquilinos de São Sebastião, Ivonildo Lira, garantiu se empenhar para resolver o problema habitacional dos invasores.
Lira, que é assessor do deputado distrital José Edmar Cordeiro (PMDB), fez uma proposta e os moradores aceitaram. Ontem, durante todo o dia, foi feito um levantamento daquelas pessoas que não estavam castradas ainda no Movimento. Em troca, elas deixavam pacificamente o local e aguardavam, em suas residências, uma posição do GDF.
A idéia, de acordo com o assessor, é fazer um levantamento da situação de cada pessoa e encaminhar o documento ao governador Joaquim Roriz e à secretária de Habitação, Ivelise Longhi.
O objetivo é evitar a especulação. Segundo os invasores, há empresários que cercaram dez lotes de uma vez, a fim de revendê-los logo que a área for regularizada.
Lira estabeleceu um prazo de 15 dias para o governo se posicionar. "Se até lá não tivermos uma solução, vamos montar acampamento em frente à casa do governador, no Park Way", prometeu.
Depois de convencer os invasores a deixar as duas áreas, destinadas à criação dos bairros do Crichá e Nacional (lei já aprovada pela Câmara Legislativa, aguardando apenas ser sancionada por Roriz), que beneficiarão pessoas inscritas nos programas habitacionais, o presidente do Movimento dos Inquilinos do Paranoá, Pedro Barbudo, discursou contra a decisão do colega.
Para ele, o governo só toma atitude se for pressionado. Barbudo, que também é assessor de José Edmar Cordeiro