Educação e positivismo
1.Descreva sobre Educação e positivismo.
Vivemos em uma era onde os conceitos e as práticas na política, na gestão e no desenvolvimento social são determinadas por um contexto intelectual que se iniciou no século XVII com as descobertas da física clássica e encontra seu auge na era da revolução industrial. É nesta era de industrialização que emerge a ideia de um universo uniforme, mecânico e previsível o que moldou o desenvolvimento da ciência – e também da tecnologia – tornando-se ainda um paradigma nos diversos campos do saber inclusive na educação.
Tendo como um de seus referenciais a “engenharia industrial”, o positivismo apresenta um modelo que visa aumentar a eficiência por meio das categorias de precisão e previsibilidade. Especificamente na educação encontramos perspectivas economicistas, derivadas do cientificismo, onde se visa obter taxas de retorno (produtividade) o que interfere, por vezes, de forma nefasta no planejamento pedagógico. Os indicadores quantitativos imperam na apreciação do rendimento escolar, revelando aspectos pragmáticos e positivistas na delimitação dos planos de ensino.
A propagação do positivismo na educação se deve, em muito, à disseminação do sucesso na aplicação prática de princípios científicos que visam a produção de novas tecnologias. A industrialização, amparada pelas conquistas da ciência positiva, favoreceu o fortalecimento político e militar das nações, exportando assim um modelo de sucesso prático para todos os campos do saber, inclusive na educação.
O positivismo está presente também no discurso das políticas públicas para a educação, quando afirmamos, por exemplo, que a educação é a solução para os problemas nacionais, bem como quando se propõe reformas, tanto na sociedade quanto na educação.
O modelo escolar que vivenciamos em nossos dias é uma cópia fidedigna do projeto de educação padronizada (universal) elaborada na seara da ciência do século XIX. Hierarquia, ordem, utilitarismo