Educação e cultura étnico-racial no Brasil

Educação e cultura étnico-racial no Brasil
Desde o início das sociedades, os brasileiros afrodescendentes, intitulados como pertencentes a “raça negra”, são submetidos à desvalorização e conceitos que os colocam em uma posição de submissão, associando-os à incapacidade de trabalhos intelectuais, pobreza e marginalidade, tendo sua origem étnica inferiorizada (FERREIRA & CAMARGO, 2011).
A partir da década de 1990, o conhecimento sobre cultura, cor da pele e suas respectivas diversidades e relações étnico-raciais, começou a ser enfatizado no sistema educacional brasileiro (ABREU & MATTOS, 2008), visto que o tema preconceito tem sido foco de inúmeras discussões no panorama educacional.
Partindo desse princípio, em março de 2004, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as “Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira e africana”, em junho do mesmo ano foram homologadas pelo Ministério da Educação (MEC), atendendo à lei nº 10.639/2003 (BRASIL, 2004).
Em algumas sociedades, racismo não é um conceito notório para as ciências humanas e isso é arriscado, pois resulta em uma desatenção à construção de identidades culturais (RIOS & GATO, 2009) e a discriminação racial é inerente a essa formação de identidade (FERNANDES, 2007).
O discurso de identidade relacionado ao racismo enfatiza a importância de romper a perspectiva intrínseca entre identidade e cultura para que não haja a abordagem ambígua da identidade do brasileiro negro associada à herança de escravidão e submissão (MATTOS, 2003). Dessa forma, as novas diretrizes curriculares não enfocam a contribuição da escravidão de africanos para construção do país, as mesmas buscam acabar com essa visão unilateral e equivocada (BRASIL, 2004).
Cabe salientar, que a escola é um mecanismo de suma importância no auxílio da construção do ‘eu’; somada a família, tem papel transformados nesses conceitos e costumes. Muitas vezes, ambas